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Entra e fecha a porta.
Deixa a música tocar repetidamente.
Deixa a luz desligada.
Peço-te apenas que faças silêncio!
Não quero conversas.
Não quero ver televisão.
Não quero ler.
Não quero mexer-me.
Estou bem assim!
Neste estado de inércia e de pensamento vazio.
Só te peço isso:
Silêncio!
Consegues?
Tantas perguntas sem resposta.
Tantos sonhos aprisionados.
Tantas verdades questionadas.
Tantos sentimentos em simultâneo.
Tantos pensamentos insondáveis.
Tantos olhares num horizonte longínquo.
Tanta paz comprometida.
Tanta emoção esquecida.
Tantas coisas mas que não dão em nada.
Porquê?
Porque teimamos em complicar algo que é simples.
E a vida é tantas vezes isto,
a busca de um momento de paz.
A partilha de um problema.
Um olhar cúmplice.
Um sorriso confidente.
A força de um abraço.
A convicção de uma acção.
Um cheiro memorável.
Um toque inesquecível.
Não me seduz
a marca de roupa que vestes, nem a dos sapatos que calças!
Não me interessa
a marca do perfume que usas ou do relógio que trazes.
Não me importa
as viagens que fizeste, nem as que planeias fazer.
Não me cativa
as expressões que usas para classificar coisas banais ou dos sorrisos que te esforças por oferecer.
Não!
Porque o que eu gosto mesmo, é da simplicidade e da cumplicidade que existe em nós!
Preciso de sentimentos verdadeiros e de palavras sentidas.
Preciso de gestos revestidos de sinceridade e momentos com intensidade.
Preciso de horas de amizade e de dias companheirismo.
Preciso de olhares provocantes e de toques reconfortantes.
Porque aquilo que sou não é reflexo daquilo que os outros dizem.
Nem aquilo que sinto é uma banalidade.
Por isso, preciso que aceites e compreendas que o que me sustenta não é uma mera consequência.
Mas uma forma de ser e de estar!
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