"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Fecha os olhos. Respira fundo. Sente o ar a entrar e a sair, trazendo-te de volta ao presente.
Neste instante, não há passado nem futuro. Apenas tu, aqui e agora. O que te diz o silêncio? Que perguntas tens evitado? Que respostas brotam dentro de ti?
Deixa de lado as distrações, as expectativas, as exigências. Permite-te simplesmente ser. O verdadeiro crescimento acontece quando tens a coragem de olhar para dentro, de escutar a tua própria voz, de abraçar aquilo que realmente és.
Respira, reflete, sente. Dentro de ti, já estão todas as respostas.
No silêncio, eu escolho-me. No silêncio, eu reconheço-me. No silêncio, eu ergo-me. No silêncio, eu espero-te. No silêncio eu respondo-te. No silêncio, eu amo-me. No silêncio. Não somos o que o mundo quer, somos aquilo que precisamos de ser. Não para os outros, mas para nós! Por isso...
Há gente que carrega aos ombros o peso do Mundo. Que se inclina mas que nunca se desequilibra. Que sabe e que sente que é de joelhos sobre o solo que se tornam gigantes, do tamanho dos seus sonhos. Que é no silêncio da noite que a sua fraqueza humana se revela. Em cada lágrima que lhe toca o rosto. Em cada "Porquê?" que lhe grita o seu Eu. São escolhas que foram feitas. Foram decisões que se tomaram. Mas em todas elas existia, e existe, Amor.
E se há mundos tão pesados, há Homens de grande coragem!
Porque sabem que fazem o que podem, que pedem o que não podem, mas que desistir não é opção.
Entra e fecha a porta. Deixa a música tocar repetidamente. Deixa a luz desligada. Peço-te apenas que faças silêncio! Não quero conversas. Não quero ver televisão. Não quero ler. Não quero mexer-me. Estou bem assim! Neste estado de inércia e de pensamento vazio. Só te peço isso: Silêncio! Consegues?
Olho-te e não me sinto entusiasmado com a tua presença. Falas e a tua voz não capta a minha atenção. Partilhas as tuas preocupações e em mim não existe a vontade de te ajudar. O teu toque deixou à muito de me fazer vibrar. O teu cheiro não o sinto. O teu beijo não me prende. E é neste "banho maria" que os dias se sucedem. Penso se não será isto apenas comodismo? E no silêncio do meu ser escuto a resposta...
É com o passo arrastado que ele marca a sua marcha. Não tem pressa de chegar, mas a convicção de saber onde vai.
Nas suas costas parece suportar o peso e as dores do Mundo, pelo menos, as do seu Mundo. Mas a sua fé é inabalável e sabe que sozinho não pode suportar nada, mas acredita que Algúem o ajuda a transportar esse peso.
E é com o olhar sobre a imensidão do oceano, que decide marcar os seus dias, porque há muito que perdeu o medo da sua voz interior, do seu dedo acusador e até do seu julgamento.
Há dias que chora em silêncio. Porém há outros que em silêncio sorri. Porque desde de cedo compreendeu que o melhor da vida é aquilo que é feito em silêncio.
E nós?
Sabemos para onde vamos e como vamos? Acreditamos de verdade ou só quando nos dá jeito? Sabemos aceitar as vicissitudes da vida em silêncio?
Senta-te aqui... E fala-me de ti, enquanto eu olho o mar!
Senta-te aqui... E fala-me de ti, enquanto eu olho o mar!
É duro fazer silêncio, quando ouves e vês tanto ruído à tua volta! É duro estar em silêncio, quando existem tantos juízos de valor e rótulos colocados! É duro manter o silêncio, quando existe tanta incompreensão e tantas verdades por serem ditas! É duro oferecer silêncio, no mundo "minado" por uma "meia verdade" e pelo egoísmo!
Mas é preciso estar em silêncio para nunca perder o foco do que é o mais importante! É preciso fazer silêncio para que o orgulho, a vaidade e a teimosia não sejam a base de qualquer decisão! É preciso manter silêncio para que as palavras não gerem mais dor! É preciso oferecer silêncio para que a tempestade passe e o sol volte a brilhar!