"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
- só fazia aquilo que os outros me diziam para fazer. (E não era falta de amor próprio, era apenas para não me chatear.)
- agia mais a pensar naquilo que os outros gostavam e queriam. (E não era falta de vontade, era apenas para obter a sua aprovação.)
- defendia ideias que não eram minhas. (E não era que não tivesse as minhas, mas parecia bem.)
- a direção que seguia, não tinha a minha pegada, mas os ombros de alguém. (E não era falta de rumo, era antes o meu comodismo)
Só que hoje tudo mudou. Deixei de me preocupar com o rumo que os outros seguem, porque eu só vou se o meu coração me disser "Vai!". Aquilo que os outros dizem, eu escuto, mas a decisão final é minha. E quase sempre faço só o que eu quero. Percebi que é fora da minha zona de conforto que a vida acontece, e eu quero lá estar, para viver, para saborear, para sentir o pulsar do Mundo.
Porque afinal aceitei que é em mim que tudo acontece. E mesmo quando me engano, há uma voz de dentro que me segreda "Está tudo bem!"
É aí que aceito que é errando que me torno humano. E é aceitando essa condição, que me torno participante na "mesa da vida".
"Serenidade!" Quando tudo à nossa volta não pára de nos surpreender. Onde o desaparecimento parece ser o mais fácil. Onde questionar aparenta ser um jogo de batalha naval. E respostas nunca serão as que queremos ou as que entendemos.
"Serenidade!" Quando esconder a cabeça na areia parece ser a melhor opção. Onde cada opção nos parece puxar mais para dentro do buraco onde nos imaginámos. Onde a irritabilidade se concretiza nas mais pequenas acções.
É quando tudo isto me acontece que o grito do Eu ganha mais força e me diz: "Serenidade!"
Porque não é nas alegrias que se mede a nossa força de vontade. Nem que se compreende o tamanho da nossa resiliência. Não será no momento mais escuro do teu ser que encontrarás o brilho dos outros.
"Serenidade!" É pouco. É difícil. E é tantas vezes aquilo que não precisamos ouvir. Porém o nosso Eu sabe que todas as fases na nossa existência, passam. E esta não é para provar algo a alguém. Nem por maldade superior. Mas precisamos de evoluir. Precisamos de nos libertar.
Mas a liberdade tem um preço: a solidão. E cada um de nós tem o antídoto: a Serenidade.
Rasga-te. Reinventa-te. Recebe. Retribui. E talvez um dia percebas que a "Serenidade!" não te é dada, mas que é antes a tua maior dádiva a este mundo.
Por isso, respira fundo e escuta a palavra do teu Eu : "Serenidade!"
É preciso aceitar que não somos capazes de mudar as pessoas. Mesmo que se possa achar que sim. As pessoas não mudam, elas simplesmente adaptam-se!
É preciso compreender que no amor, ninguém ama mais ou menos. Mesmo que se possa achar que a intensidade é algo capaz de quantificar um sentimento. As pessoas conjugam o verbo amar mas cada um à sua maneira!
É preciso interiorizar que não temos sempre razão ou que somos "donos de uma verdade absoluta". As pessoas têm opinião e é preciso humildade para respeitá-las mesmo quando não concordamos!
É preciso serenidade para aceitar aquilo que não conseguimos compreender. Afinal cada pessoa tem o seu tempo e os seus motivos e Deus tem desígnios insondáveis.
É preciso coragem para sermos fiéis a nós próprios, às nossas crenças, aos nossos sonhos, às nossas vidas. Porque afinal é tão fácil (e frustrante) quando nos atraiçoamos.