"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Fecha os olhos. Respira fundo. Sente o ar a entrar e a sair, trazendo-te de volta ao presente.
Neste instante, não há passado nem futuro. Apenas tu, aqui e agora. O que te diz o silêncio? Que perguntas tens evitado? Que respostas brotam dentro de ti?
Deixa de lado as distrações, as expectativas, as exigências. Permite-te simplesmente ser. O verdadeiro crescimento acontece quando tens a coragem de olhar para dentro, de escutar a tua própria voz, de abraçar aquilo que realmente és.
Respira, reflete, sente. Dentro de ti, já estão todas as respostas.
É um simples gesto. Um breve movimento. É uma simples vontade. Uma breve necessidade. É um simples pensamento. Uma breve recordação. É um simples olhar. É um breve desejo. É uma simples palavra. Uma breve curiosidade. É uma simples chamada. Uma breve conversa.
Há momentos, em que a nossa vida parece ser um amontoar de tantas coisas, e nenhuma delas foi aquilo que idealizamos.
Há dias em que parece que viver é não sentir, é não ter paixão, onde não importa experienciar, e onde não nos preocupa a aceitação.
Horas onde tudo gira ao contrário, onde temos que ir mas não queremos, onde temos de falar e só queremos estar calados.
Mas a vida não tem de ser sempre em prol dos outros. Ter as cores com que eles pintam a sua vida. NÃO!
A nossa vida é movida pelas nossas decisões. Só nós sabemos onde queremos chegar. Só nós sabemos as provações que passamos para lá chegar. Cada lágrima, cada frustração, cada grito mudo, cada murro no estômago.
Não somos todos iguais. E disso não tenho a menor dúvida. Não gostamos todos do mesmo. E não temos todos a mesma perspectiva. Mas sei que existem coisas que não consigo aceitar!
Porque a verdade é que as opções me "matam". Que as opiniões me dividem. Que as criticas me destroem. E que muitas vontades me "rebentam" por dentro.
Permito então que a razão seja o meu silêncio. Permito que a emoção me eleve para algo para lá do que sei e do que conheço. E mesmo quando não consigo expor na plenitude todo meu afeto. este meu sentir, é naquele momento a forma que encontro para me libertar das amarras do medo que o sentimento transporta consigo.
Assim é por entre as horas de cada dia que vivo, que tento compreender e aceitar aquilo que tantas vezes não sou simplesmente capaz de mudar.
E sem medo, aceito que a solidão me faça serenar, para que no fim este coração seja capaz de transbordar.