"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Os românticos que me perdoem. Os sépticos que me desculpem. Mas hoje, tenho a certeza que a mudança (de postura, de atitude, o que seja) não é uma opção mas sim uma condição.
Nunca acreditei que alguém mudava só porque sim. Ou por amor. Houve quem me dissesse que sim. Porém, não conheci um único caso de mudança por vontade própria. Conheci quem se tenha esforçado e que tenha regressado ao ponto inicial.
E cada dia que passa e que vou entrado na vida dos que se cruzam comigo, compreendo que a única coisa que muda uma pessoa, é apenas e só, a dureza da vida. A obrigação de ser forte. A necessidade de seguir em frente.
Passam os dias e em mim esmorece o sentimento. A cada dia que passa, sinto-te mais "normal" na minha vida. O lugar que ocupavas e que era único, está aos poucos a ficar vazio. Porque tu te tens afastado aos poucos deles. Não sei se de uma forma consciente ou não. Mas a verdade é que o teu lugar está a ficar vago. E em mim existe apenas desilusão e cansaço de ti. Mas é ao tempo, que cabe o poder de fazer tudo passar... porque essa é a maior certeza de todas: TUDO passa! E tudo isto um dia também irá passar, tal como tudo o resto! Até tu!
Quando tu saíste por aquela porta, um mundo inteiro se desmoronou e no seu interior ficou o meu ser com a certeza que haveriam novos sonhos para sonhar e novas realidades para viver. Aos poucos, a desordem em que tu me deixaste, deu lugar à ordem, e os cacos dos sonhos foram todos recolhidos. Limpei o meu ser, pois sabia que só havia uma forma, uma maneira de me erguer, de me reconstruir, indo atrás do meu sonho mais belo e imaculado. Aquele, que por algum motivo superior, não tinha sido concretizado. E eu fui, com medo mas determinado! Não pensado nas dificuldades, mas sabendo da sua existência. E hoje, após a sua realização, olho para trás e penso: E tanta coisa mudou... Mas porque eu me permiti mudar!
Há uma hora em que temos de fechar a porta. Há um minuto em que temos de agir corretamente. Há um segundo em que temos de tomar a decisão correta. Há um momento em que temos de pensar em nós. Há um instante em que temos de ser fortes. Há um tempo em que temos de mudar a música da nossa vida.
Porque senão... Não se vive, apenas se sobrevive.
E afinal a vida é tudo aquilo que acontece enquanto se vive!
e tantas vezes por culpa dessa característica achamos que podemos mudar o mundo ou converter alguém.
Mas na prática não podemos nem uma coisa nem outra.
E quando essa verdade invade o nosso ser, das duas uma, ou mudamos a nossa forma de ser ou mudamos a forma de estar.
Ora como eu acredito que mudar a nossa forma de ser é algo impossível, resta-nos mudar a nossa forma de estar. Mas mudar é sempre tão difícil! Porque mudar mete medo, e o medo... Atrofia-nos!