"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Há um pulsar, um sentir. Há um saber, Um aceitar. Há um sonhar, Um acreditar. Há uma força, Uma determinação. Há uma coragem, Um agir. Há um agradecer, Uma crença. Há um caminho, Um ir e chegar. Há uma luta, Um cansaço. Há um desafio, Um limite.
E nós vamos porque vamos! Porque nada nos detém. Que ninguém nos diga que "não podemos"! Que saibamos pisar forte nesta vida, porque afinal somos nós e apenas nós que podemos afirmar "estamos aqui"! Sem medos! Sem dúvidas!
Porque nós somos capazes de tudo, basta acreditar!
É um constante vai e vem, este onde me encontro. Como se o mundo não tivesse infinitas ofertas e as opções fossem restritas. É um baloiço de sentimentos. Onde aquilo que sinto não se adapta ao que observo. E eu vagueio por entre verdades e mentiras, por entre vontades e palavras. Apetece-me partir, mas tenho de ficar. E mesmo aqueles que me rodeiam... Que me desculpem, mas há muito que não me identifico com eles. Não gosto deste sentir. Não me identifico com ele. Mas também não lhe consigo dizer que não! Estou perdido por entre gente que se diz determinada e convicta. Que sabe sempre o que quer, que nunca erra, que raramente tem dúvidas, que nunca falha uma previsão, que sabe sempre o que dizer em cada momento da sua existência. E eu, em deambulações tentado perceber e compreender o que me vai na alma. Porque de uma coisa sei. Não busco a perfeição humana. Apenas a felicidade de um ser vivo!
Houve um dia em que decidi ir! Embora não conhecendo o passo à frente, sabia com exactidão o que existia no passo atrás.
O meu ego apelava para que ficasse, mas o meu amor próprio segredava-me que merecia melhor.
E eu tinha uma vontade gigante de recuar, de dar o passo atrás. De não sair do meu conforto. Daquilo que conhecia. E embora não fosse satisfatório nem totalizante, era seguro. Eu sabia como era e só tinha de me adaptar!
Mas também sabia, que nunca fui e não serei, pessoa de me assustar com o tamanho da onda. Que não tenho que me anular para que o outro exista, porque isso não é amar, é antes cobardia. Se o amanhã era incerto, movia-me a vontade de o conhecer, de viver o que me esperava.
E a lágrima deu lugar ao sorriso. O medo deu lugar à determinação.
Há dias em que a tristeza se apodera de mim. Há momentos em que a desilusão se faz companheira. Há horas em que a dúvida se torna permanente. Há minutos em que a solidão e o isolamento são os melhores comparsas. E então a vontade de desaparecer, de simplesmente ir são mais apelativos do que a de ficar e de enfrentar as coisas de sorriso no rosto e com determinação de ferro. Mas é preciso ir bem fundo de nós, e encontrar a força e a coragem que não sabíamos existir em nós para enfrentar tudo e todos. E apenas Deus sabe a que custo...
Não grites quando não te apetece dizer nada... Não te prendas aquilo que nunca te segurou... Não busques algo que não sabes se existe... Não segures algo que nunca foi teu... Não defendas a causa que nunca foi tua... Não vivas a experiência que nunca passaste... Não sintas o sentimento que não é teu... Não argumentes sobre algo quando não tens opinião formada... Não chores por algo que não percebes... Não fiques quando as coisas à tua volta nada te dizem... Não dês valor às coisas que não têm valor... Não busques respostas quando não tens perguntas... Não critiques quando não sabes nem podes fazer melhor... Não olhes quando não queres ajudar... Não faças algo quando não te apetece estender a mão...