"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Dias de partilha e horas de felicidade. Sonhos comungados E desejos confidenciados.
E eu esperei-te naquela noite, tal como tinhas combinado. E esperei... E esperei... E tu não chegaste. Fugiste no último momento. E eu fui. Cada passo que eu dava, sabia-te mais longe de mim e do que era nosso. E odiei aquele momento, mas não fui capaz de te odeiar. E hoje passados tantos anos, quando te vi graciosa e sorridente, pude perceber que aquele sentimento esperou por ti. Hoje a vontade é a mesma. O desejo continua presente e por isso te segredo no silêncio de um olhar: "quero-te minha, hoje e para sempre!"
Há uma música que toca repetidamente, que me projeta para uma realidade distante da verdade. Onde sou capaz de voar sobre o mar; tocar as estrelas e apreciar a beleza da lua cheia ou o pôr do sol; onde o tempo não faz tic-tac e onde o Amor se sente presente; onde os bens materiais não existem e onde o som do mar preenche o ar. É uma realidade tão perfeita, que me basta fechar os olhos para te sentir, para te tocar. Aqui não existe distância, apenas existência. E tu existes em mim... Mais do que eu em ti!
Era um sonho como muitos outros, tinha uma vontade e uma forma. Tinha um jeito único de existir. Com dias inesquecíveis e horas marcantes. Mas também tinha meias verdades e meios sentir. Havia momentos de afastamento e de silêncio, onde a individualidade era presença. Queriamo-nos assim. Gostavamo-nos assim. Conheciamos o som da gargalhada sincera, da partilha de uma banal garrafa de vinho que se transformava especial. Havia letras de músicas que se alteravam do nosso jeito. E expressões só nossas. Mas um dia, o sonho afastou-se e o "ficar" partiu, sobraram apenas as recordações que preenchem o tempo de uma vida que foi partilhada do nosso jeito.
Vivemos tempos diferentes, onde tudo se partilha, onde tudo é capturado, onde o "like" é muito importante, onde um simples "tag" parece abrir portas de sociedades e grupos privados. Onde todos tem uma opinião e um palpite. Onde a aprovação de um amigo virtual ou de um desconhecido é fundamental para sabermos se temos sucesso ou não. Mas a verdade, é que as melhores coisas/sentimentos do Mundo, não são aquelas que são partilhadas no Mundo virtual, mas sim aquelas que são partilhadas no silêncio e no anonimato virtual, com aqueles que amamos e que nos provam estar ao nosso lado sobre qualquer circunstância.