"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Fujo. Do que não acredito. Do que não me satisfaz. Com o que não me identifico.
Fujo. Da necessidade de agradar a todos. Da vontade de fazer sempre tudo bem. Da carência física.
Fujo. Por consciência. Por amor. Por escolha.
Fujo. Porque me obrigo a estar conscientemente presente em todos os momentos. Fujo. não por me achar melhor do que alguém. Mas sim na escolha humilde de quem sabe que existem palavras, pensamentos, que não quero mais para mim.
Fujo. Não porque é o mais fácil. Porque a voz de dentro, às vezes é muito dura. Fujo. Porque decidi e decido em cada momento, que o que mais importa é...
Carregamos demasiadas "coisas". Ignoramos demasiados "sentires". Esquecemos demasiadas "assuntos". Damos pouca atenção aos "sinais". E é neste fluxo de águas salobras que nos deixamos ir. Onde rapidamente percebemos que: o não falar é mais apaziguador; o não ver é mais revelador; o não escutar é a porta da fuga ideal. E esquecemos do nosso verdadeiro compromisso. Aquele que assinámos com o nosso eu. Aquele que aceitámos antes de aqui estarmos.
Por isso, toma nota: Não somos e nunca seremos capazes de agradar a todos. Não somos e nunca seremos o sonho dos outros. Não somos e nunca seremos mendigos de amor e respeito. Não somos e nunca seremos o que temos.
Vivemos tempos diferentes, onde tudo se partilha, onde tudo é capturado, onde o "like" é muito importante, onde um simples "tag" parece abrir portas de sociedades e grupos privados. Onde todos tem uma opinião e um palpite. Onde a aprovação de um amigo virtual ou de um desconhecido é fundamental para sabermos se temos sucesso ou não. Mas a verdade, é que as melhores coisas/sentimentos do Mundo, não são aquelas que são partilhadas no Mundo virtual, mas sim aquelas que são partilhadas no silêncio e no anonimato virtual, com aqueles que amamos e que nos provam estar ao nosso lado sobre qualquer circunstância.
Passei meses, com o desejo de te tocar. Contei horas, na ânsia de te ver. Esperei minutos com vontade de te beijar.
E a Primavera deu lugar ao Verão assim como o sol deu lugar à chuva. E de ti nem sinal! Foi então que percebi, que era o momento de ir. Mas sem olhar para trás, sem peso da culpa ou com a expectativa do "se". Ir liberto do remorso e da culpa fácil. Caminhar na plenitude do meu ser e da minha essência. Mas ir com determinação e sem aflição. E eu fui...
E um dia descobrimos que: há um sonho por realizar; um local por visitar; um sentimento que permanece; um perfume que não se esquece.
E que por mais que se queira, não se pode fugir das opções que foram feitas. Não vale a pena o arrependimento ou a desilusão, vamos onde queremos ir e estamos onde decidimos estar!
E esta... é a talvez a verdade mais dura e aquela que tanto tentamos camuflar.