"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Onde ficariam os sonhos que tens em ti? Onde existiria a felicidade de partilhar? Onde coabitaria a força do abraço? Onde brotaria a sinceridade do teu perdão? Onde poderiamos encontrar a tua entrega e disponibilidade? Onde estaria o teu amor? Onde viveria o teu exemplo? A tua frontalidade? A tua aceitação?
Por isso te peço, que mesmo quando tens e sentes dificuldade em ver o melhor lado das situações, que tenhas a coragem de acreditar. Porque tantas vezes é só isso que precisamos de sentir, que alguém acredita!
Há dias em que o cansaço toma conta de mim. Deste corpo e desta mente. Onde sucumbir ao desânimo e à frustração é demasiado fácil. Onde ficar parece ser a única opção. E é por entre as horas de luz fusca que o meu ser levita. Com a maior das certezas, que aquilo que me segura é uma leve e ténue linha. E é neste flutuar que tantas vezes me encontro. Que redescubro e me reinvento, convicto que mais vale partir que vergar. E é com essa convicção que deixo esse estado e de mangas arregaçadas faço-me à luta. Porque a vida não se gasta. O que se gasta, é falta de se viver plenamente.
São apenas exemplos de algumas das palavras com que somos "atropelados" nos vários momentos e situações da nossa vida. E se em si existe uma mensagem de encorajamento, a verdade, é que elas também carregam a força do desapego. A mensagem de que para se acreditar é preciso antes de mais nos libertarmos daqueles que são os nossos medos, as nossas mágoas, os nossos pensamentos. Pois estão todos errados. Afinal, o caminho não se faz de olhos no que se passou ou no que se sentiu. Faz-se olhando para a frente. Mas é errado. Porque nós somos, o reflexo das histórias que vivemos, das pessoas com quem tivemos o privilégio de privar, dos sonhos que falharam, dos projectos que não foram concretizados. Por isso, quando te mandarem ires focado, vai. Mas sem nunca te esqueceres que não é negando ou apagando o teu passado que vais ser mais feliz. Ao invés, é indo de uma forma consciente do que és e do que viveste que vais saber onde deve estar e o que mereces.
É preciso aceitar que não somos capazes de mudar as pessoas. Mesmo que se possa achar que sim. As pessoas não mudam, elas simplesmente adaptam-se!
É preciso compreender que no amor, ninguém ama mais ou menos. Mesmo que se possa achar que a intensidade é algo capaz de quantificar um sentimento. As pessoas conjugam o verbo amar mas cada um à sua maneira!
É preciso interiorizar que não temos sempre razão ou que somos "donos de uma verdade absoluta". As pessoas têm opinião e é preciso humildade para respeitá-las mesmo quando não concordamos!
É preciso serenidade para aceitar aquilo que não conseguimos compreender. Afinal cada pessoa tem o seu tempo e os seus motivos e Deus tem desígnios insondáveis.
É preciso coragem para sermos fiéis a nós próprios, às nossas crenças, aos nossos sonhos, às nossas vidas. Porque afinal é tão fácil (e frustrante) quando nos atraiçoamos.
Tantas vezes é com um olhar perdido que te encontro.
Tantas vezes é um sorriso disfarçado que me ofereces.
Tantas vezes é com uma palavra meiga que me abordas.
Tantas vezes é com uma dor intensa que me recebes.
E se para lá do que vejo, conseguisse entender o que te vai na alma, talvez percebesse que no alto do teu 1.50m te tornas gigante. Talvez compreendesse que só existe uma hipótese e desistir não é opção. Talvez sentisse que na tua humildade nos ensinas a ser melhor cada dia.