"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Num caminho, que nem sempre foi fácil. Numa descoberta, que nem sempre foi agradável. Um sentimento, que nem sempre foi compreendido. A verdade, é que nós tivemos a ousadia de ir mais além. Pegámos nas nossas diferenças e criámos algo que era só nosso. Criámos algo a que chamámos de família. Passámos a chamar de nossos e a amá-los incondicionalmente. Aqui vimo-los crescer sempre com o nosso apoio. Ensinámos a alegria de pertencer. Partilhámos a experiência adquirida. Apontámos rumos e direcções. Desfrutámos de verdade da companhia de cada um de nós. Dividimos sonhos. Delineámos projecto. Celebrámos cada conquista. Expusemos os nossos medos e inseguranças. Experimentámos a felicidades da superação de obstáculos. Dançámos sem vergonha do juízo alheio.
Nós soubemos criar histórias e fizemos a nossa própria história.
Existe em cada um de nós uma crença asfixiante, uma esperança de reconhecimento. Como se isso nos desse algum tipo de suporte, em como o futuro nos trará uma gratificação. Da dedicação, do amor, da entrega, etc. Que em um momento da nossa existência tivemos por alguém, seja namorado (a), seja pais, seja filho(a), seja amigo (a), etc. Só que esse "um dia" é tão incerto e longínquo, que o nosso ego pode nunca o viver. Cabe-nos aceitar o que o agora nos dá, sem mais nada. Porque afinal, "o amanhã é sempre longe demais".
É um simples gesto. Um breve movimento. É uma simples vontade. Uma breve necessidade. É um simples pensamento. Uma breve recordação. É um simples olhar. É um breve desejo. É uma simples palavra. Uma breve curiosidade. É uma simples chamada. Uma breve conversa.
É uma viagem entre a ideia e a realidade. Onde a procura é necessária, para se atingir o objetivo. Porque não basta "achar" é preciso "ser-se merecedor". Porque no final de cada dia, apenas importa o bem que fizeste, porque é disso que são feitas as memórias de uma vida. Por isso, vive plenamente o agora de cada dia. Que sejas a luz na vida dos que se encontram contigo.
É na penumbra que me sento. Que espero por ti. Sem saber se vou ou fico. Sem saber se entro pela noite fora ou se corro atrás do dia. É neste pedaço de tempo, que te espero. Que me espero. Que me pergunto e respondo. Que me vejo e projeto. É neste finito tempo que separa a noite do dia Que procuro respostas para coisa nenhuma. E onde tudo me lembra de ti. E tu? Onde estás?
"Talvez te deixe entrar", disseste tu. E deixarias. Mas há portas que não podem ser abertas. Não têm como se abrir. E tentar abri-las não é tarefa que, por motivos vários, se possa fazer. E, assim, fechadas permanecem aos olhos daqueles que aguardam que elas se movam. Para esses, do outro lado, é sempre noite. E a noite....ah, a noite. A noite é fria.