"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Na vontade de sair para respirar. Decidi focar-me.
Na vontade de que tudo é mais fácil fora daqui. Decidi permanecer.
Na vontade de libertar a frustração. Decidi dar um novo significado.
E a vida é este constante caminhar entre o que nos apetece e aquilo que decidimos ser.
Se é verdade que somos os dois, a vontade e a decisão. Também não é menos verdade que é quando decidimos, que nos tornamos verdadeiramente livres e fiéis à nossa essência.
A vontade é um instinto. E há muito que larguei esse lado.
Fujo. Do que não acredito. Do que não me satisfaz. Com o que não me identifico.
Fujo. Da necessidade de agradar a todos. Da vontade de fazer sempre tudo bem. Da carência física.
Fujo. Por consciência. Por amor. Por escolha.
Fujo. Porque me obrigo a estar conscientemente presente em todos os momentos. Fujo. não por me achar melhor do que alguém. Mas sim na escolha humilde de quem sabe que existem palavras, pensamentos, que não quero mais para mim.
Fujo. Não porque é o mais fácil. Porque a voz de dentro, às vezes é muito dura. Fujo. Porque decidi e decido em cada momento, que o que mais importa é...
No silêncio, eu escolho-me. No silêncio, eu reconheço-me. No silêncio, eu ergo-me. No silêncio, eu espero-te. No silêncio eu respondo-te. No silêncio, eu amo-me. No silêncio. Não somos o que o mundo quer, somos aquilo que precisamos de ser. Não para os outros, mas para nós! Por isso...
Carregamos demasiadas "coisas". Ignoramos demasiados "sentires". Esquecemos demasiadas "assuntos". Damos pouca atenção aos "sinais". E é neste fluxo de águas salobras que nos deixamos ir. Onde rapidamente percebemos que: o não falar é mais apaziguador; o não ver é mais revelador; o não escutar é a porta da fuga ideal. E esquecemos do nosso verdadeiro compromisso. Aquele que assinámos com o nosso eu. Aquele que aceitámos antes de aqui estarmos.
Por isso, toma nota: Não somos e nunca seremos capazes de agradar a todos. Não somos e nunca seremos o sonho dos outros. Não somos e nunca seremos mendigos de amor e respeito. Não somos e nunca seremos o que temos.
Mas a família são tantas vezes as pessoas que nos acolhem nas suas vidas e acima de tudo nos seus corações. Pessoas que nos aceitam, para lá de todas as nossas virtudes e defeitos, das nossas escolhas e /ou renúncias, etc. São estas pessoas especiais porque dão sentido à vida dos outros e neles fazem brotar o sentimento de pertença.
É importante reconhecer quem são esses seres, pois as nossas vidas estão cheias de coisas fúteis e descartáveis. Que nem nos apercebemos destes anjos que caminham por entre nós.