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Ainda não acabei

"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos." August Cury

"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos." August Cury

Não acredito...


Meu Deus, não acredito que faças cair a chuva ou brilhar o sol, por escolhas, por pedidos, para que cresça o trigo do camponês cristão ou para que a quermesse do sr. Prior tenha sucesso...

Que concedas trabalho ao desempregado bem formado e deixes os outros procurar e que nunca encontrem; Que protejas do acidente a criança cuja a mãe rezou e deixes morrer o petiz que não tem uma mãe para rezar; Que Te dês a Ti mesmo como alimento aos homens quando estes To pedem e que os deixes morrer de fome quando estes cessam de To pedir...

Meu Deus, eu não acredito!

Que nos conduzas para onde queres e que só nos reste deixarmo-nos guiar; Que envies determinada provação e que só nos reste aceitá-la; Que nos concedas um sucesso e que só nos reste agradecer-To; E, que quando assim o decides, chamas a Ti aqueles que amamos e que apenas nos resta a resignação.

Não, meu Deus!

Eu não creio! Que sejas um ditador, que possui todos os poderes e impões a Tua vontade para o bem do Teu povo; Como se fossemos simples marionetas, ás quais tu vais puxando os cordelinhos a Teu belo prazer; Que nos faças actores de uma peça misteriosa, cuja a representação estabeleceste desde do inicio até os mais ínfimos pormenores.

Não, não acredito!

Já não acredito, pois agora sei, meu Deus, que não queres e que não O podes fazer, pois Tu és Amor!

Meu Deus, peço-te perdão, porque tantas vezes desfiguramos o Teu rosto. Pois julgámos ser preciso para Te conhecer e Te compreender, imaginámos-Te parado no infinito do poder e da força, com que sonhamos à maneira humana. Usámos as palavras certas para pensar em Ti e para falar de Ti, mas na dureza dos nossos corações essas palavras formam um vazio...

E nós, apenas conseguimos traduzir palavras como a omnipotência, vontade, mandamento, obediência, juízo... para a nossa linguagem de homens orgulhosos e sedentos em dominar os outros.

Atribuímos-Te, então, punições, sofrimentos e mortes, ao passo que Tu quiseste para nós o perdão, a alegria e a vida.

Perdão, sim, meu Deus, pelas vezes que não ousámos acreditar que, por amor, sempre nos quiseste LIVRES. Não apenas livres de dizer sim ou não ao que tinhas de antemão decidido sobre nós, mas livres de reflectir, escolher, agir, a cada instante da nossa vida.

Não ousámos, compreender que quando Te revelaste definitivamente sobre a Terra, vieste pequeno, fraco e Nu...
E que morreste pregado a uma cruz, abandonado, impotente e Nu...Para apenas dizeres ao Mundo que o Teu único poder é o poder infinito do Amor. O amor que nos liberta.

Oh meu Deus, agora sei que tudo podes... menos tirar-nos esta Liberdade!

Obrigado, por esta bela e assustadora liberdade. De sermos seres livres! LIVRES!

Livres de conquistar, pouco a pouco, a natureza e a colocarmos ao serviço dos outros ou livres de a destruir, explorando-a a nosso belo prazer;

Livres de defender e desenvolver a vida, de combater todos os sofrimentos e doenças;

Livres para desperdiçar inteligências, energias, dinheiro, para fabricar armas e nos matarmos uns aos outros;

Livres de ter filhos ou de os recusar; De nos organizarmos para partilhar as nossas riquezas, ou de deixarmos milhares de homens morrer de fome sobre esta terra fértil;

Livres de amar ou livres de odiar;

Livres de Te seguir ou de Te recusar.

Somos livres... mas INFINITAMENTE amados!


Uma braçada amiga

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