"do tamanho do que vejo!"
É com o passo arrastado que ele marca a sua marcha.
Não tem pressa de chegar, mas a convicção de saber onde vai.
Nas suas costas parece suportar o peso e as dores do Mundo, pelo menos, as do seu Mundo.
Mas a sua fé é inabalável e sabe que sozinho não pode suportar nada, mas
acredita que Algúem o ajuda a transportar esse peso.
E é com o olhar sobre a imensidão do oceano, que decide marcar os
seus dias, porque há muito que perdeu o medo da sua voz interior, do
seu dedo acusador e até do seu julgamento.
Há dias que chora em silêncio.
Porém há outros que em silêncio sorri.
Porque desde de cedo compreendeu que o melhor da vida é aquilo que é feito
em silêncio.
E nós?
Sabemos para onde vamos e como vamos?
Acreditamos de verdade ou só quando nos dá jeito?
Sabemos aceitar as vicissitudes da vida em silêncio?
Senta-te aqui...
E fala-me de ti, enquanto eu olho o mar!
Senta-te aqui...
E fala-me de ti, enquanto eu olho o mar!