"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Amar não pode ser uma questão de sorte. Nem tão pouco uma questão de timing.
Amar Será sempre uma questão de sentir, de escolher, de querer. Porque amar, implica sentirmo-nos unos, de saber que a fidelidade se escolhe e que abraçar quem nos ama é sem sombra de dúvidas, a nossa maior segurança.
Podemos achar que amar é fácil, que o Amor é coisa passageira. Porém é mentira! Porque o que torna este sentimento fácil e corriqueiro, é a necessidade humana de o banalizar, de o quantificar, de o comparar.
Mas para se amar, é preciso entender o que é o sentir. O que significa viver e partilhar. Porque na vida, aquele que não for fiel nas pequenas coisas, nunca será nas grandes! E amar é o deus das pequenas coisas.
Disseram-me que devia ser feliz e seguir sempre o meu coração! E eu assim fiz. Compreendi então que a minha bondade e generosidade era usada por outros que me tomavam por "tolo"! A constatação foi de uma dureza brutal!
Disseram-me então, que devia ser mais racional! Pensar antes de agir. E eu assim fiz. Mas percebi que o racional me tornava mais frio e a frieza gerava afastamento! E eu não queria, mas não conseguia evitar. Foi duro!
Convenci-me de que sozinho me conseguiria proteger melhor. E porém era quando me abria ao outro, que me sentia realizado. Foi estranho!
Sempre me segredaram que o melhor estava para vir, mesmo que eu não acreditasse, mesmo que nesse momento eu achasse que aquela pessoa era o melhor para mim. O tempo mostrou-me que eu estava errado! E que há sempre alguém melhor que nos espera! Foi reconfortante!
E por isso, hoje digo: A vida não está no que se diz, mas no que se vive. E para se viver de verdade é preciso amar, sofrer, chorar e perdoar. Porque não é a queda que nos define, mas a forma como nos erguemos e voltamos a amar.
"Quanto tempo tens?" "Quando podemos falar?" "Onde vais?" "Já vais?"
São expressões/perguntas que fazemos diariamente. Porque tudo na nossa vida é uma questão de tempo. Tempo de crescer. Tempo de semear. Tempo de esperar. Tempo e mais tempo...
E onde está o tempo para nós? Para as nossas coisas? Para os que amamos? Para os que nos amam?
Onde está?
Depois não vale chorar ou desejar voltar atrás. De nada servirão os arrependimentos ou as promessas de mudança.
Basta! Porque este é O tempo! O nosso tempo! É tempo de amar sem pressas ou facilitismos. Tempo de sonhar e concretizar. Tempo de estar e fazer acontecer.
Amar pode ser um verbo simples e regular, mas de uma vivência complexa e revigorizante. De gestos simples mas com uma enorme intensidade. De palavras sinceras mas marcantes. De loucas promessas mas que nos faz capazes de as materializar. De sorrisos "parvos" e de "borboletas" na barriga. De sonhos impossíveis mas que perdem o "im" e passam a possíveis. De distâncias que se encurtam e de minutos que "voam". De cheiros que perduram e de toques que seguram. De silêncios que falam e de olhares cúmplices. De abraços reconfortantes e de partilhas sinceras.
“O tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias, como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo, mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer. Eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar, que eu amava quando imaginava que amava. Era a tua a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto. era a tua pele. Antes de te conhecer, existias nas árvores e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde. Muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.”