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Ainda não acabei

"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos." August Cury

"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos." August Cury

Um dia...

Já corri atrás do que gritava para eu parar.

Já tentei segurar o que, no fundo, já me tinha largado.

Já acreditei que amor era insistir,

quando na verdade era só medo de perder.

 

E aprendi — da forma mais dura —

que o que se força, quebra.

E o que se agarra com desespero,

escapa pelos dedos.

 

Desapegar não é bonito.

É rasgar o apego.

É enfrentar o vazio.

É aceitar que algumas presenças

só estavam de passagem,

e que nem tudo o que prometia eternidade

foi feito para durar.

 

Mas há um instante — um só —

em que a dor se transforma em lucidez.

E percebes que deixar ir é, na verdade, um ato de amor.

Não pelo outro.

Por ti.

 

Porque o que é teu

não exige que te percas para o manter.

O que é verdadeiro

não pede corridas, provas ou feridas.

Fica.

De outra forma, mas fica.

 

Hoje, não quero prender nada.

Nem pessoas.

Nem momentos.

Nem versões antigas de mim.

 

Quero só respirar com a vida.

Olhar para o que fica,

sem pedir garantias.

 

E brindar ao que vem —

com a serenidade de quem já entendeu

que tudo o que parte,

também liberta.

 

Porque há despedidas

que são o início de um regresso —

a nós mesmos.

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