"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Só! É assim que tantas vezes nos sentimos. Sós! Num mundo cheio de opções. Numa vida preenchida de fugacidade. Em que os sentimentos são intensos. Onde a verdade é frágil. Onde o TER "fica" melhor do que o SER. Seduções. Ilusões. Mas no meio de tudo isto, cada um de nós é uma pequena ilha. Onde somos abandonados à sorte. E por isso, não te iludas... É na solidão que existimos e dela não fugimos. Mesmo que tantas vezes, se tente calar a sua voz com o "barulho das luzes".
Há dias em que o cansaço toma conta de mim. Deste corpo e desta mente. Onde sucumbir ao desânimo e à frustração é demasiado fácil. Onde ficar parece ser a única opção. E é por entre as horas de luz fusca que o meu ser levita. Com a maior das certezas, que aquilo que me segura é uma leve e ténue linha. E é neste flutuar que tantas vezes me encontro. Que redescubro e me reinvento, convicto que mais vale partir que vergar. E é com essa convicção que deixo esse estado e de mangas arregaçadas faço-me à luta. Porque a vida não se gasta. O que se gasta, é falta de se viver plenamente.
De coração aberto aceito o que não posso mudar. Mesmo quando nesta aceitação existe mais sofrimento do que compreensão. Mas a vida ensinou-me que o tempo dos Homens não é o tempo de Deus. E por muito que custe, aceitar o que não compreendo não é uma obrigação, mas é o caminho que se aceita fazer.
De braços aberto tento abraçar o mundo. Mesmo quando sei que tantas vezes é o meu mundo aquele que não consigo abraçar. Porque tantas vezes na necessidade de dar, acabo por me esquecer de mim. E tantas vezes, não é egoísmo mas antes a vontade. Mas se fosse egoísmo, ainda assim seria perdoado. Porque ninguém dá o que não possui.