A Fé que há em nós
Sabemos-nos conhecedores e portadores de uma ciência que se diz exata e concreta. Por isso, renunciar a um Ser que se faz abstrato, que nos faz sentir a injustiça humana, é demasiado fácil.
E são dias, são anos a caminhar sobre estas pseudo verdades.
Até que um dia.
Tudo muda.
E damos por nós a falar com este Ser. Aquele, que tantas vezes duvidamos da Sua existência.
Mas sabemos, que há momentos, situações em que precisamos de manter a fé, mesmo sabendo qual é o desfecho.
A fé que se sente quando a porta atrás de nós se fecha e a escuridão nos absorve.
Esta fé que se faz presente nestes minutos de desespero.
Porque ter fé é simplesmente confiar.
Confiar que existe algo que se pode fazer, para lá do que nos dizem.
Confiar que existe uma explicação, mas que eu não consigo compreender.
Confiar que é só uma fase menos boa. E sem euforias, acreditar que o amanhã será melhor.
Ainda que tantas vezes seja tão difícil encontrar esse resto de esperança.
Mas ter fé é isso, revestirmo-nos de uma crença que não se explica mas que se sente. Que não alimenta mas nos estimula. Que o mundo apelida de loucura e o coração se entrega sem razão.
E quando tudo isto falhar, resta-nos a certeza que não nos prometeram a facilidade mas a felicidade.
Mesmo sabendo que custa e precisamente porque custa. Acreditamos e confiamos.
Sem regras. Sem rituais. Sem complexos. Sem condições.
Porque no Amor não há fórmulas certas ou erradas. Há um caminho que só os mais valentes ousam percorrer.
Sejamos valentes!
Só por hoje.