A dicotomia da vida
Prendemo-nos a coisas que achamos importantes. A diz que disse. A situações de pouco valor. E facilmente esquecemos que a vida passa na finidade infinita dos segundos. Que tudo muda. Que tudo acontece. Que não é sendo morno que se vive. Mas sendo quente ou frio que se experiencia a intensidade da condição humana.
Que somos seres sociais mas que se nasce e morre só. Que sorrimos para esconder tristeza e que lágrimas podem ser de alegrias.
Que num abraço cabem vários mundos, mas que o único que é inteiro é o nosso.
Que os sonhos são os caminhos que devemos percorrer. Mas que os nossos passos podem nunca nos levar à sua concretização.
Que a frustração não é sinal de derrota. Mas de exigência e de inconformismo.
Ser forte não é obrigatoriamente uma característica. Mas sim uma obrigação humana.
E por entre esta dicotomia que nós, homens e mulheres, vivemos sem a menor consciência que aquilo que verdadeiramente importa, não é a razão que se tem, os bens que se possui, as vitórias ou as derrotas que tivemos. Nada disso! O que verdadeiramente importa é que a nossa existência seja recordada como alguém que passou por este mundo fazendo o bem, vivendo cada segundo como se fosse o seu primeiro e o seu último.
Porque um dia, será sozinhos que faremos esta viagem de partida e um outro ser fará a viagem de chegada.
E a vida segue o seu ritmo!