"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Hoje não precisei de sentir o calor do sol, para me sentir feliz.
Nem precisei que alguém me desse os "bons dias!", para me sentir educado.
Não foi preciso barafustar com a senhora que entra no metro e me espreme, para que me sentisse aconchegado. Não precisei de reclamar com o senhor do café que demora a trazer o meu pedido, para me achar superior. Não precisei de fazer aquele olhar ao meu chefe, para me achar importante. Não!
Porque eu sou tudo isso, sem precisar de mal tratar o outro. Por isso hoje, sou grato a tudo e a todos. Porque sem eles a minha vida era vazia!
Moribundo, é desta forma que me apresento ao Mundo. A este Mundo que soube tirar o melhor de mim e me deixar assim: vazio. Vazio de sonhos; Vazio de sentimentos; Vazio de esperança. E é neste vazio que o meu tempo vagueia. Num passo lento que faz doer e demasiado rápido que faz desesperar. E eu desespero, pela Voz do Alto que me diga: vem! E é este vem que não vem, que me faz ser mais moribundo do que aquilo que sou de verdade.
ela teria a forma do teu corpo. Se a gargalhada fosse uníssono, ela seria o som da tua. Se a cumplicidade tivesse um objeto, ela seria o teu olhar.
Se o sonho fosse uma realização, tu serias o seu expoente máximo. Se a segurança tivesse um símbolo, ele seria a do teu abraço. Se o Amor fosse uma expressão, ele seria o teu sorriso.
"Espera por mim!" Foi o último pedido que me fizeste antes de me deixares. Onde não houve perguntas, nem preocupações. Onde não houve medo nem um simples "mas". Onde não existiu uma exigência, nem uma obrigação.
"Sim, eu espero!" Foi a única coisa que fui capaz de te dizer. Não porque ficasse bem ou porque a situação assim o exigia. Até porque sabia e sei, que só podemos prometer aquilo que somos capazes de cumprir. A verdade, é que em mim, existe a certeza que este coração bate por ti. Que tu és o principal motivo do meu sorriso. O meu porto de abrigo. A minha força nos momentos de fraqueza. A estrela que brilha mais forte quando olho o firmamento.
E passado este tempo, aqui estou à tua espera, conforme te prometi naquele dia.
Quantas vezes mais preciso eu de te perguntar? Quantas vezes mais terei de te explicar? Quantas vezes mais terei de partilhar contigo a importância que tens na minha vida?
Esquece os livros e os seus "foram felizes para sempre"! Elimina todos os conceitos e preconceitos!
Valoriza o momento e o sentimento! Escreve uma nova página e um novo final.
Porque aquilo que sou, só é completo naquilo que és! E nós "seremos cumplicidades o resto das nossas vidas ou só até amanhecer!"
Na escolha, simplicidade! No amor, entrega! No momento, avança! Na dúvida, determinação! Na fé, persistência! Na injustiça, silêncio! Na alegria, partilha! Na dor, aceitação! Na recordação, tranquilidade! Na queda, força! Na descrença, confiança! Na fúria, serenidade! No sonho, concretização! No desespero, coragem! Na vida, verdade!
Deixa que o teu brilho ilumine quem se cruza contigo. Porque tu és, muito mais do que imaginas!
Quando tu saíste por aquela porta, um mundo inteiro se desmoronou e no seu interior ficou o meu ser com a certeza que haveriam novos sonhos para sonhar e novas realidades para viver. Aos poucos, a desordem em que tu me deixaste, deu lugar à ordem, e os cacos dos sonhos foram todos recolhidos. Limpei o meu ser, pois sabia que só havia uma forma, uma maneira de me erguer, de me reconstruir, indo atrás do meu sonho mais belo e imaculado. Aquele, que por algum motivo superior, não tinha sido concretizado. E eu fui, com medo mas determinado! Não pensado nas dificuldades, mas sabendo da sua existência. E hoje, após a sua realização, olho para trás e penso: E tanta coisa mudou... Mas porque eu me permiti mudar!
Corre o tempo e o pensamento. O vento e a vontade. Corre o ser e o apetecer. O certo e o errado.
Corre o atrasado e o apressado. O educado e o "mal formado". Corro eu e corres tu. Corre um Mundo, tanta vezes sem saber para onde.
Porque a nossa vida, é esta estranha corrida diária que nos arrasta para coisa nenhuma e nos preenche com um vazio saciante. Onde parar é "morrer" e correr é o sentido. E sem nos apercebermos, somos como que um cardume de salmão que corre ribeiro acima, sem saber que a corrida que faz é apenas com dois objectivos: dar e perder a sua vida