Sopro de vida
Eram traços e rabiscos desenhados numa simples folha de papel.
Porque simples e grandioso era e é o seu sonho.
E por entre voltas e meias voltas ela lutou para o concretizar.
Por entre recordações e vivências, tudo devia ser guardado para que o tempo não as levasse para o seu tempo, aquele a quem chamamos de eternidade.
E a eternidade traz o esquecimento. E esquecer, é correr para lado nenhum e para todos os lados em simultâneo.
E ela gostava de saber para onde corria. Para onde se dirigiam os seus passos.
E foram horas que se transformavam em dias, para que nenhuma história, nenhum sorriso, nenhuma peripécia, passasse sem estar registada.
Foram folhas que se encheram de vida.
E uma vida que ficou em diário.
Porque afinal,
a Vida,
o Amor,
o Sonho,
o Sorriso;
Trazem tantas vezes a duração mínima de um dia.
Que não se repete,
Que não se perpétua.
E este é e será o seu maior tesouro:
O diário de uma princesa!