"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Paro e observo, penso em cada escolha e em cada decisão. Nas consequências e nas várias direções. Nas hipóteses e nas suas imposições. Onde nem sempre fui fiel ao que acredito e muito menos ao que digo. E onde percebo que a maturidade se adquire errando. Que o sonho tantas vezes é uma premissa de oportunismo, e que muitas vezes me faz arrepiar caminho. Carrego na alma as marcas de cada paixão e de cada entrega. E sabendo que mesmo não sendo imaculada e perfeita, são pelo menos verdadeiras e totalizantes. E se houve momentos em que desejei ser diferente, também não é menos verdade, que hoje me aceito como sou. Consciente que mesmo não sendo perfeito, sou pelo menos humilde para aceitar o que não posso mudar; que me revisto de uma certa dose de coragem para lutar por algo que me faça sentido; onde existe a teimosia para me alertar que um "porque sim" ou "sempre foi assim" não significa nada; e um excesso de orgulho para me avertir que não sou de me contentar com um "foi por um triz" ou um "importa é participar!". Não me atrai a ideia do "se" ou do "mas", penso e faço o que devo para que em mim não exista qualquer tipo dúvida. Se eu podia ser diferente? Podia! Mas não era a mesma coisa!
Eu não queria, mas ela apareceu. Não fui capaz de a contrariar, e ela decidiu ficar. Não fui capaz de lhe dizer "não", e ela soube dizer "presente". Não tive coragem para a afastar, e ela teve a ousadia de se instalar. Não soube eliminar o pensamento e ela preenche-o. Não existiu vontade de a bloquear e ela teve o atrevimento de a escancarar.
E agora ficou a saudade da tua companhia, do teu sorriso, do teu cheiro, do teu toque, do teu beijo. Em suma, ficou presente o teu EU em mim! Mas eu não queria...
É com o passo arrastado que ele marca a sua marcha. Não tem pressa de chegar, mas a convicção de saber onde vai.
Nas suas costas parece suportar o peso e as dores do Mundo, pelo menos, as do seu Mundo. Mas a sua fé é inabalável e sabe que sozinho não pode suportar nada, mas acredita que Algúem o ajuda a transportar esse peso.
E é com o olhar sobre a imensidão do oceano, que decide marcar os seus dias, porque há muito que perdeu o medo da sua voz interior, do seu dedo acusador e até do seu julgamento.
Há dias que chora em silêncio. Porém há outros que em silêncio sorri. Porque desde de cedo compreendeu que o melhor da vida é aquilo que é feito em silêncio.
E nós?
Sabemos para onde vamos e como vamos? Acreditamos de verdade ou só quando nos dá jeito? Sabemos aceitar as vicissitudes da vida em silêncio?
Senta-te aqui... E fala-me de ti, enquanto eu olho o mar!
Senta-te aqui... E fala-me de ti, enquanto eu olho o mar!
E um dia descobrimos que: há um sonho por realizar; um local por visitar; um sentimento que permanece; um perfume que não se esquece.
E que por mais que se queira, não se pode fugir das opções que foram feitas. Não vale a pena o arrependimento ou a desilusão, vamos onde queremos ir e estamos onde decidimos estar!
E esta... é a talvez a verdade mais dura e aquela que tanto tentamos camuflar.
Seremos sempre os obreiros dos nossos sonhos, e por isso, seremos os responsáveis diretos das suas consequências.
Sejam boas ou más, pouco importa!
E não tenhamos dúvida que o problema não está no sonho, porque esse é sempre perfeito, mas tenhamos a convicção que são os alicerces que lhes "damos" que os tornam imperfeitos.
Porque tantas vezes nos achamos menos dignos que os demais, nos achamos como não merecedores de tamanha perfeição.
E por isso, tantas vezes por medo, não ousamos alicerçá-los na beleza do nosso ser e na pureza do nosso coração.
Porque tenhamos a certeza, que nem o sonho tem consequências más nem ninguém é mais importante do que nós!