Partida, largada, fugida!
Queremos tanto ser felizes e encontrar o amor da nossa vida,
que acabamos por nos esquecer que amar é uma maratona, e não uma corrida de 100 metros,
onde cada quilómetro percorrido fortalece e alimenta a cumplicidade,
e onde a admiração que se sente pelo outro é quase palpável.
Mas para se fazer esta maratona é preciso nunca esquecer,
que cada um passou por vivências diferentes,
que sobrevivemos a diferentes intempéries,
que escalámos diferentes montanhas e descemos às mais duras das profundezas do ser humano.
E por isso, aquilo que hoje somos é a soma desses momentos.
E não é menos verdade, que se hoje estamos aqui disponíveis para correr ao lado daquela pessoa, é porque entre os vários milhões de pessoas, esta foi aquela que nos cativou.
Assim, quando as forças falharem e o desânimo se abater sobre nós,
o que nos irá segurar não serão as palavras mas os gestos;
o que nos irá impulsionar não será a razão mas a emoção;
o que nos irá cativar não será a mensagem à hora certa mas a presença nos momentos mais complicados.
No entanto, é preciso perceber e aceitar que ninguém corre quando a sua vontade for a de ficar parado!