"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Desejava fazer de outra maneira, mas não consigo. E eu sei que tantas vezes, demasiadas vezes: Escrevo e não partilho. Toco e não sinto. Escuto e não oiço. Falo e não preencho. Olho e não observo.
Ofereceste-me para lá do que tinhas recebido. E não permitiste que nada me fosse vedado. Tantas vezes não compreendi e não aceitei o motivo do teu "não", mas sempre que te pedia algo, mesmo não compreendendo, aceitavas. Fui tantas vezes injusto para contigo e mesmo assim nunca deixaste de me amar desse teu jeito. E hoje, quando olho para ti, apenas um pensamento me ocorre: "foste ENORME!". Saiba eu um dia ser o pai que foste e és! Porque nunca te o disse, mas tu és:
Existem momentos em que me falta o discernimento para aceitar o que não posso mudar.
Porque há dias em que sinto que o Mundo me foge por entre os dedos, e que em muitas horas do meu existir, me acompanha a injustiça dos gestos dos Homens. E tantas vezes o meu refúgio é esta solidão que me foi imposta. Queria fugir! Queria bater com a porta! Queria simplesmente mudar a página! Mas há sempre algo que me segreda e diz...
A amizade nunca foi para mim um refúgio ou uma necessidade. Nunca pensei que houvesse obrigação entre amigos. Da mesma forma que sempre compreendi que na amizade não existe exigências de presença. Porque para mim, a amizade está assente em 3 pilares: - sinceridade - respeito mútuo - confiança E não importa quantos anos ou dias tenha essa amizade, uma vez derrubado um deste pilares... A amizade tende a passar para um nível inferior ou até mesmo a desaparecer. Porque a partir daqui, essa pessoa deixou de acrescentar valor à minha existência. E por isso...
e tantas vezes por culpa dessa característica achamos que podemos mudar o mundo ou converter alguém.
Mas na prática não podemos nem uma coisa nem outra.
E quando essa verdade invade o nosso ser, das duas uma, ou mudamos a nossa forma de ser ou mudamos a forma de estar.
Ora como eu acredito que mudar a nossa forma de ser é algo impossível, resta-nos mudar a nossa forma de estar. Mas mudar é sempre tão difícil! Porque mudar mete medo, e o medo... Atrofia-nos!