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Ainda não acabei

"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos." August Cury

"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos." August Cury

Quanto vale?

A dor aproxima-nos da nossa humanidade.
É nesse exato momento que nos acercamos da nossa essência, daquilo que realmente somos, sem máscaras, sem pedestais, sem "se's" ou "mas's".
A dor é o momento mais complexo e perverso que existe.
Complexo, porque é através dela que acedemos ao mais puro de nós...
Perverso, porque é preciso vivê-la para descobrirmos esse outro lado do nosso infindável ser.

E este caminho, é tão doloroso quanto magnífico.
Não vale a pena saltar etapas.
Não serve de nada camuflar sentimentos.
Não importa o que se diz ou se faça, sempre estará presente.

É preciso sofrer...
É preciso chorar...
É preciso vivê-la...
Porquê?

Porque nos tornaremos melhores pessoas.
E isso, quanto vale?

Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida Inteira

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. 

O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. 

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. 

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. 
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? 

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. 

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. 

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. 
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também. 

Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'

A amizade...

"A amizade torna os fardos mais leves, porque os divide pelo meio.
A amizade intensifica as alegrias, elevando-as ao quadrado na matemática do coração.
A amizade esvazia o sofrimento, porque a simples lembrança do amigo é alívio.
A amizade ameniza as tarefas difíceis, porque a gente não as realiza sozinho. São dois cérebros e quatro braços agindo.
A amizade diminui a distância. embora longe, o amigo é alguém perto de nós.
A amizade enseja confidências redentoras: problema partilhando, percalço amaciado; felicidade repartida, ventura acrescida.
A amizade coloca música e poesia na banalidade do quotidiano.
A amizade é a doce canção da vida e a poesia da eternidade.
O amigo é a outra metade da gente. O lado claro e melhor.
Sempre que encontramos um amigo, encontramos um pouco mais de nós mesmos.
O amigo revela, desvenda, conforta. É uma porta sempre aberta, em qualquer situação.
O amigo na hora certa é o sol ao meio dia, estrela na escuridão.
O amigo é a bússola e rota no oceano, porto seguro da tripulação.
O amigo é o milagre do calor humano que DEUS opera num coração."

José Ivaldo de Amorim

Pessoas especiais

"Pessoas especiais não são donas de si, pertencem aos que ama. Compartimentam o coração para poder melhor dividi-lo entre os que amam.

Pessoas especiais têm ouvidos na alma, para melhor escutarem as agruras dos que amam.

Pessoas especiais têm braços de infinito, para melhor abarcar os sorrisos e as lágrimas daqueles a quem amam.

Pessoas especiais têm em si a essência da amizade, para perfumarem o mundo com amor verdadeiro.

Pessoas especiais são como fadas, com dedos de condão, para tocarem com magia o semblante dos que amam.

Pessoas especiais são dádivas de Deus, para abençoarem os caminhos daqueles que cruzarem os seus."

ARLETE DE ANDRADE

Demasiadas vezes...

Demasiadas vezes, sentimos a vontade de "bater com a porta".
De simplesmente mudar....
Seja de vida, de amigos e conhecidos;
Seja de cidade ou de país.
Simplesmente mudar.
Começar do zero...

Demasiadas vezes,
este desejo esconde uma fuga maior...
A fuga de nós próprios...
Das nossas escolhas, mas acima de tudo, das suas consequências...
Sim, achamos mais fácil fugir do que aceitar e aprender.

Demasiadas vezes, aceitar que errámos, é complicado...
Demasiadas vezes, olhar para nós como responsáveis, dessas consequências, é duro...
Demasiadas vezes, estamos fechados numa redoma, cheia de juízos e preconceitos, onde somos senhores do nada e de verdadezinhas de "paz podre".

Na verdade, fugir é fácil...
A verdade revela-se na dureza e na aceitação da nossa frágil humanidade.
Não é preciso "construir" um novo Eu, fora do "nosso mundo".
Basta apenas "construir" um novo eu, NO "nosso mundo".
"Limpar" o nosso ser em Verdade e de Verdade,
para que tudo mude.
Para que tudo seja diferente...
Diferente porque as minhas escolhas passarão a ter o selo do Amor.

E o Amor...
O Amor...
Não julga...
Não condena...
Não critica...
Sofre em silêncio...
É benevolente...

E quando isso acontecer,
Não iremos fugir...
Não desejaremos desaparecer...
Mas queremos ficar...
Queremos simplesmente estar...
E isso acontecerá demasiadas vezes...
Quando aprendermos a estar apaixonados pela nossa vida e por tudo o que ela nos oferece.

Seremos sempre aquilo que sonharmos ser no Agora.


Por isso, basta de olhar para o passado.
Chega de ansiar por um futuro.

Não somos seres de ontem, nem nunca seremos seres de amanhã.
Somos seres do presente.
Somos do Agora.
Somos do momento exato.

Por isso, não busques respostas no que passou,
Ou motivos para ir, no que não chegou.
É aqui, é agora,
Que tudo acontece.
Onde és rei do teu mundo,
Senhor dos teus sonhos,
Actor principal da tua vida.
É neste momento, chamado presente,
Que tudo acontece.

Por isso, seremos sempre aquilo que sonhamos ser no Agora!

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