"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
São bocados meus aqueles que vês espalhados pelo chão; São sentimentos meus aqueles que sentes a perderem-se no tempo; São memórias minhas aquelas que se projectam na mão; São momentos únicos aqueles que partilho de anuimento.
Tenho muita dificuldade (muita mesmo), em perceber ou compreender, porquê que as pessoas têm a mania de criticar, de julgar, de se acharem superiores aos outros, de achar que são donos da verdade e tantas vezes da razão... E tantas vezes esquecendo os seus erros, como se a sua história de vida fosse imaculada. Mas não é... Esta ideia de apontar o dedo aos outros é tão normal nos nossos dias, que tantas vezes nem chegamos a perceber a dor que estamos a infligir nos outros. É verdade que temos direito à nossa opinião; É verdade que nos é concedido uma permissão pelo outro; É verdade que devemos ajudar o outro; É verdade que nos é pedido que digamos a verdade, mesmo que doa. Mas... Também não é menos verdade: Que a nossa opinião, é tantas vezes baseada nas nossas vivências (E sabe Deus tantas vezes que vivências...); Que ajudar o outro não é uma constante critica destrutiva mas sim construtiva; Que é errando que crescemos; Que é sofrendo que amadurecemos; Que nos é feito apenas e só o apelo de caminhar lado a lado e se um dia houver uma queda, que não nos afastemos mas que ajudemos a erguer.
Então para quê continuar, nesta temática?
O que importa não é a Felicidade?
Então porque teimamos destruir a dos outros?
É preciso olhar para o outro e respeita-lo. Porque esse é o pilar fundamental da socialização.
Abraço-te, no tempo que é nosso. Sinto-te, no silêncio feito partilha. Olho-te, como se a primeira vez se tratasse. Descubro-te, Em cada toque. Destapo, O sentimento por dentro. Perco-me, Em cada sorriso. Rasgo, As recordações. E reinvento, Cada momento.
Qual o Sentido que melhor me descreve? A visão. Porque eu sou muito observador. Porque eu gosto de olhar, olhos nos olhos e descobrir quem tenho à minha frente. Um olhar vale mais do que mil palavras.
Para cada Sentido responder as respostas para as perguntas...
Visão - Qual a tua imagem favorita? Um pôr do sol... Uma noite de luar...
Tacto - O que mais gostas de sentir na pele? Água
Paladar - Qual o teu sabor preferido? Sendo guloso, só posso dizer... Chocolate!
Olfacto - Qual o cheiro que te faz bem? O cheiro da maresia.
Audição - Qual o som que gostas mais de ouvir? O riso do meu filho, sem dúvida!
O dia mais belo? Hoje A coisa mais fácil? Equivocar-se O obstáculo maior? 0 medo 0 erro maior? Abandonar-se A raiz de todos os males? 0 egoísmo A distração mais bela? 0 trabalho A pior derrota? 0 desalento Os melhores professores? As crianças A primeira necessidade? Comunicar-se 0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais 0 mistério maior? A morte 0 pior defeito? 0 mau humor A coisa mais perigosa? A mentira 0 sentimento pior? 0 rancor 0 presente mais belo? 0 perdão, 0 mais imprescindível? 0 lar A estrada mais rápida? 0 caminho correto A sensação mais grata? A paz interior 0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso 0 melhor remédio? 0 otimismo A maior satisfação? 0 dever cumprido A força mais potente do mundo? A fé As pessoas mais necessárias? Os pais A coisa mais bela de todas? 0 amor
Viver é ter uma capacidade enorme de arriscar. É perceber que a vida é um conjunto de momentos que não se repetem, mas que se congregam. Onde não importa, o que se deixa ou que se pode vir a ter; O que se pode ganhar ou vir a perder; etc. Viver é aceitar jogar neste enorme tabuleiro, onde umas vezes somos peões e outras vezes reis ou rainhas. Onde cada momento é preciso confiar, no que somos e naqueles que nos rodeiam. Porque a vida é este constante desafio, onde apenas e só o melhor de nós poderá constar.
Porque afinal: “Não é preciso correr; Não é urgente chegar; O que é preciso é viver”
"Enterrados no lixo do palavreado mediático, já perdemos a percepção da palavra. Um rio de ruído vazio atravessa os nossos dias e escorre por nós, deixando-nos cada vez mais sujos. Em muitos lados, ergue-se o canto das carpideiras: «A poesia tem os dias contados»... « A narrativa está morta e apodrece»... «O ser humano está demasiado avançado para se entreter com esses contos da sua história evolutiva»... «Se tudo já foi dito porque haveria de se repetir?»
A ausência de silêncio e o palavreado constante fizeram-nos esquecer o poder e o mistério que se escondem na profundidade da palavra. Não da palavra-casca, da palavra-sussuro, mas da palavra-eco de outra Palavra. Nessa Palavra, não há repetição, cansaço, mas a constante renovação de uma nova compreensão. Assumir para si a palavra-eco é muito diferente do que ser-se criativo e usufruir da nossa fantasia. É pôr às costas uma mochila cheia de pedras, beber todos os dias um pouco de veneno e gastar sem piedade o nosso corpo e o nosso espírito. É imergir no mal, na devastação, mergulhar nas trevas do coração, não por se sentir prazer, como quereriam os cínicos, com as próprias trevas, mas para procurar o ponto, o local, o momento em que uma réstia de luz pode nascer da mais funda escuridão.
Diante de cada folha branca, não sinto a excitação alegre que se supõe pertencer à criatividade, mas o medo de Jonas que, em vez de ir a Ninive, embarcou para Tarsis, ou o temos de Jeremias quando diz «Eu não sei falar: sou muito novo.»
Em tempos tão dramaticamente confusos, não se podem atirar as palavras ao ar como se fossem coentros, nem sacudi-las para onde calha, como se sacodem as migalhas da toalha. Cada palavra é uma semente e o terreno onde medra é o coração do homem.
Tal como as sementes, as palavras podem germinar de imediato, ou esperar anos em estado de dormência. Podem gerar flores e frutos, que proporcionam beleza e alimento, ou ervas daninhas, que cegam e sufocam quem as deixou crescer.
Há as palavras-instigação e as palavras-reflexão, palavras que explodem em raiva, em ressentimento e outras que pelo contrário, são capazes de conter qualquer tipo de explosão. A dispersão das palavras-sementes é anemófila, propaga-se com o vento, a brisa transporta-as, uma rajada de vento arranca-as, ninguém pode prever quando pousarão na terra, nem em que lugar irão cair. É também por isso que a escrita gasta, porque é um peso e, hoje mais do que nunca, uma responsabilidade.
Se há uma semente que a escrita deve propagar, não é a do repouso, de uma planta que dá sombra e abrigo, mas a da inquietação, invisível e pungente. Os campos e os bosques estão cheios de pequenas sementes espinhosas que se agarram a tudo, às orelhas dos cães, às nossas peúgas, introduzem-se sorrateiramente nas pregas das calças e da pele, obrigando-nos a mexer, a sacudir-nos, a despir-nos.
A semente da inquietação fere-nos o coração e obriga-nos a caminhar."
que o que custa mais não é a ausência do outro mas a ausência de ti mesmo; que o que não passa não é o tempo mas o pensamento; que o que não se preenche não são os dias mas a cabeça; que o que nos separa não são os quilómetros mas são as vontades; que o que te magoa não são as palavras mas os momentos; que o que angustia não são os sentidos mas o sentir; que o que nos mata não são os outros mas nós próprios; que os ciúmes não são inseguranças mas medos; que a confiança não se sente mas demonstra-se; que o egoísmo não é querer à nossa maneira mas respeitar a maneira dos outros; que os sonhos não são concretizações; que os planos não são promessa; que a vida é o ontem que hoje espera o amanhã. que amar é viver a angústia ciumenta, egoísta e insegura de não te sentir... que por mais tempo que passes, os sentimentos crescem... E que no fim de algum tempo as lágrimas serão a alegria do regresso.