"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
…nem tão pouco compreender. Mas tem crescido dentro de mim uma vontade de mudar o exterior.
E não se trata de cansaço de imagem ou uma simples questão de moda ou até mesmo uma pequena loucura. Não, nada disso! É um apelo crescente a uma mudança que está ocorrer dentro de mim e que não sei identificar.
E então ecoa dentro de mim uma pergunta…
“ o que mudou interiormente?”
E quando passa o eco, ouve-se um vazio. E é o vazio que me prende e me provoca a não mudar. Porque todas as minhas mudanças exteriores em mim, tiveram uma mudança interior.
E esta não será diferente… Posso não a ver, mas sinto-a; O que será?
Acredito que em algum momento da nossa existência, já nos deparamos com situações em que temos que escolher. Porém, não é algo que se faça com muita facilidade, excepto se for algo relativamente insignificante para nós, pois caso contrário, é muito complicado. Ter que pensar se a decisão A é a melhor que a decisão B;
Perceber que qualquer decisão que possamos tomar, carrega sempre consigo em igual dose, a dúvida, a frustração, a dor, mas também a felicidade, a alegria, a responsabilidade, o crescimento individual.Escolher é de certa forma um processo de rotura e de crescimento individual. É querer ser melhor, não a qualquer preço, nem de qualquer forma. É querer alcançar sempre a FELICIDADE plena.
Porém recordo uma frase tantas vezes dita, mas talvez tão pouco reflectida... "prometeram-nos a Felicidade não a facilidade..."
Desta forma, quando tiveres de escolher, não busques o mais fácil, mas aquilo que te dará mais alegria, que te fará ser melhor do que és neste momento. Os ambientes onde estás, não serão melhores se tu não buscares o melhor para ti, não serão mais felizes e mais fecundes se tu não procurares isso nas tuas escolhas, nas tuas decisões.
Não te preocupes com aquilo que os outros dirão, porque talvez hoje te critiquem, mas um dia... Talvez te digam... «Obrigado, porque hoje eu percebo, porque fizeste isso...»
Escolhe, em escrever a história da tua vida com páginas felizes, mas recorda-te que não será fácil... Mas não desistas, porque "prometeram-nos a Felicidade não a facilidade..."
Compreendo que 'Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce' pode nem sempre funcionar com toda a gente...
Compreendo o que significa estar sozinho no meio de muita gente...
Compreendo o que é sonhar acordado e, hoje, sei o que são sonhos impossíveis...
Compreendo que nem sempre tenho coragem de falar sobre isto com os outros, porque não quero incomodar, porque não compreenderiam o silêncio e a dor que me aperta o peito...
Compreendo que estou a viver um sentimento que já julgava não ter, por uma pessoa que julgava morta em mim e que afinal está mais viva do que antes...
Compreendo que disponibilidade não significa saudade e que sentimentos são coisas que se dão mas que não se recebem...
Compreendo que amor é desporto, amar é utopia e amando sou patético...
Compreendo que amar os outros não implica que os outros nos amem da mesma forma...
Compreendo que entrega é jogo e que às vezes é preciso sair com dignidade de campo...
Compreendo o que é querer estar e não me deixarem estar...
Compreendo que perder não significa não ter ou desistir...
Compreendo o que é a vontade de fugir para longe daqui e saber que ninguém mais me espera...
Compreendo hoje o que é o desespero que não consigo mais suportar neste corpo fraco demais...
É dificil de explicar, dificil traduzir, mas fácil de sentir isto da saudade. Talvez até seja aquilo que nem eu nem tu pensamos ser…
É estranho este sentimento com caracteristícas de vapor suave, que evapora no toque e se vislumbra na distância. Dizem que a sentir nos entristece.
E é, mas… porquê? Porque nos traz recordações das boas coisas que outrora vivemos? Dos simples risos, choros, abraços e beijos que nos tocaram pela serenidade daqueles que nos a trouxeram? Porque nos soube bem…
Se é assim, então que eu sinta saudade. Que a sinta hoje pela tua não presença, que te saiba longe e que esta minha vontade se revolte por não te abraçar! Que me custe e me doa, que me amarre às lágrimas se necessário. E que esse pesado vácuo seja tão carregado, que me caía em cima como que uma bola arremaçada na minha direcção, e me rasgue de dor até sentir-me partido em sete.
Pois quanto maior a saudade por ti, mais perto da perfeição estaremos. Maior o bem que me fizestes e aquele que o futuro nos trará. Maior a leveza quando a tua presença sentir, e perceber que o que custa vale a pena.
Chama-me louco. Matar essa saudade será então perfeito.
Quisera ser conquistador de um mundo que não sabia existir. Ambicionará amar eternamente um ser que não conhecia. Desejará abraçar perdidamente um sentimento que não tinha noção. Cobiçará segurar loucamente um momento que não sabia distinguir. Intencionei conter dispersamente um tempo que não sabia perceber. Tolerei saber intrinsecamente um significado de palavras que não sabia ler. E em tudo isto compreendi que estava contido a beleza e a força de um ser… O meu Ser!