Notas soltas
Observo um mundo que teima em correr, que teima em impor a máxima, que tudo nas nossas vidas é fugaz, é passageiro e com um gosto momentâneo...
E parece que tudo à nossa volta assenta sobre estes pilares. Em pilares que não te pedem uma vida com qualidade mas sim com quantidade. Uma quantidade tantas vezes sem sabor e vazia de sentido.
E é nesta melodia dessincronizada que são passando os nossos dias...
Dias que deviam ser marcantes e não apenas uma sucessão de algo que aceitamos e pronto!
Mas um dia percebemos, que para se observar a beleza de um sorriso, é preciso parar para o captar!
Que para se amar de verdade, é preciso ter tempo para partilhar com a outra pessoa aquilo que somos!
Que não se pode sentir saudades de algo ou alguém quando não temos momentos de paz e não se faz um encontro pessoal com a nossa pessoa e as com as nossas crenças!
E por muito que nos custe, iremos perceber que não conseguimos ajudar um amigo, porque não lhe demos espaço e tempo para que ele o fizesse...
E nesse dia percebemos que o tempo passou por nós e não o contrário. Sentimos um vazio, uma frustração e é nesse momento que desejámos poder voltar atrás e mudar as coisas que fizemos ou que dissemos...
Mas é tarde... Tarde demais!
E por isso, não vale a pena continuar a tocar esta melodia, que é a nossa vida, desta forma tão apressada e sem sabor...
Porque senão um dia, irão surgir duas perguntas dentro de nós:
Até quando?
Para quê?
Pensa, tu podes mudar!
Tu podes escolher!
Basta querer!
Uma braçada amiga