"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Na vontade de sair para respirar. Decidi focar-me.
Na vontade de que tudo é mais fácil fora daqui. Decidi permanecer.
Na vontade de libertar a frustração. Decidi dar um novo significado.
E a vida é este constante caminhar entre o que nos apetece e aquilo que decidimos ser.
Se é verdade que somos os dois, a vontade e a decisão. Também não é menos verdade que é quando decidimos, que nos tornamos verdadeiramente livres e fiéis à nossa essência.
A vontade é um instinto. E há muito que larguei esse lado.
"É de vida partilhada que as nossas vidas se alimentam"
escreve o Cardeal Tolentino Mendonça.
Este é o mote de uma vida com sentido. De uma vida preenchida. De uma vida que se oferece. Que faz brotar no outro o seu melhor.
A vida partilhada, é aceitar este desafio, de nos permitirmos ser quem somos. É a ousadia de nos entregarmos. É a coragem de irmos mais além. É compreender que o amor se constrói e se realiza no outro.
A vida partilhada, não é o fim, mas o início da mais bela caminhada. Não é a ausência da dúvida, mas sim a presença da determinação. Não é a falta de medo, mas sim a permanência da coragem.
A vida partilhada é legado que se constrói, em cada gesto, em cada palavra, em cada olhar, em cada sorriso. A vida partilhada não é feita da opinião alheia, do exemplo dos outros. A vida partilhada é esta escolha diária que fizemos, que fazemos e que iremos fazer. É este compromisso que se assume perante os outros, mas é vivido no silêncio da nossa vida rotineira.
A vida partilhada, é simples. Se simples forem os nossos desejos e vontades. A vida partilhada, é fantástica. Se fantásticos forem os nossos gestos e as nossas palavras. A vida partilhada, é desafiante. Se nos desafiarmos diariamente a ir um pouco mais além. A darmo-nos sem medida. A vida partilhada, é esta identidade que nos segreda o Tiago Bettencourt: "talvez o meu nome seja teu Talvez o teu nome seja o meu." (…) "e no fim do dia quem se der Há de ser melhor."
Fujo. Do que não acredito. Do que não me satisfaz. Com o que não me identifico.
Fujo. Da necessidade de agradar a todos. Da vontade de fazer sempre tudo bem. Da carência física.
Fujo. Por consciência. Por amor. Por escolha.
Fujo. Porque me obrigo a estar conscientemente presente em todos os momentos. Fujo. não por me achar melhor do que alguém. Mas sim na escolha humilde de quem sabe que existem palavras, pensamentos, que não quero mais para mim.
Fujo. Não porque é o mais fácil. Porque a voz de dentro, às vezes é muito dura. Fujo. Porque decidi e decido em cada momento, que o que mais importa é...
No silêncio, eu escolho-me. No silêncio, eu reconheço-me. No silêncio, eu ergo-me. No silêncio, eu espero-te. No silêncio eu respondo-te. No silêncio, eu amo-me. No silêncio. Não somos o que o mundo quer, somos aquilo que precisamos de ser. Não para os outros, mas para nós! Por isso...