"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
A verdadeira força não vem dos músculos, da resistência ou da aparência de controlo. Vem daquilo que escolhes fazer quando o medo te paralisa.
A vida coloca-nos constantemente diante de escolhas. Escolher avançar ou recuar. Escolher confiar ou duvidar. Escolher viver ou simplesmente existir. E no meio dessas escolhas, há um poder imenso: o poder de decidir quem queres ser.
Ser feliz não é um destino, é um ato de coragem. É escolher a tua verdade, mesmo quando o mundo te empurra para o caminho mais fácil. É sentir o medo, o desconforto, a incerteza... e ainda assim dar o passo. Porque é nesse salto que descobres que és muito mais forte do que pensavas.
A força interior não grita, não se impõe. Ela manifesta-se na forma como te levantas depois da queda, na forma como escolhes continuar, apesar de tudo.
Hoje, tens uma escolha. Ficar onde estás ou dar o passo que pode mudar tudo.
Vivemos num mundo que nos ensina a controlar, a esconder, a racionalizar. Desde cedo ouvimos: “Não chores.”, “Não fiques assim.”, “Segue em frente.” Como se sentir fosse um erro, uma fraqueza, algo a evitar.
Mas o que acontece quando nos proibimos de sentir? As emoções não desaparecem. Elas acumulam-se, ficam guardadas nos músculos, no peito, na respiração que nunca se solta por completo. Tornam-se peso, tornam-se cansaço, tornam-se um silêncio que nos afasta de nós próprios.
Sentir não é fraqueza. Sentir é estar vivo.
Alegria, medo, tristeza, raiva, amor – todas estas emoções são partes de ti. Quando as negas, é a ti que te negas. Mas quando te permites sentir sem medo, sem julgamento, sem pressa, verás que algo muda. Há espaço para compreender. Há espaço para transformar. Há espaço para seres inteiro.
O que tens evitado sentir?
O que aconteceria se, por um momento, simplesmente deixasses fluir?
Talvez, no meio da tempestade, encontres a tua verdadeira paz.
E se nunca deres o passo? E se passares a vida à espera do momento certo, da garantia, da segurança absoluta que nunca chega?
Arriscar é entrar no desconhecido sem certezas, mas com fé. Fé em ti, na tua capacidade de te adaptares, de aprenderes, de te ergueres se for preciso.
O medo diz-te para ficares onde estás, para não saíres da linha, para te manteres pequeno. Mas o que há de realmente seguro nisso? O que há de seguro numa vida sem ousadia, sem tentativas, sem saltos no escuro?
Não é o risco que te paralisa. É a história que contas sobre ele.
E se, em vez de falha, visses aprendizagem? E se, em vez de perder, visses crescimento? E se, em vez de medo, sentisses entusiasmo?
Porque no final, não é o que consegues ou perdes que importa. É a pessoa em que te tornas quando tens coragem para arriscar.
O medo sussurra. Ele diz-te para recuar, para te manteres seguro, para não arriscares. Ele veste-se de prudência, de racionalidade, de autoproteção. Mas, na verdade, o medo não protege – ele prende.
E se, em vez de fugires, olhasses o medo nos olhos?
O medo só tem poder sobre ti quando lhe dás esse poder. Ele cresce no silêncio, alimenta-se da dúvida, ganha força quando acreditas que és pequeno. Mas quando decides avançar, apesar dele, algo muda. Algo dentro de ti desperta.
Atravessar o medo não significa eliminá-lo. Significa escolher a ação apesar da incerteza, avançar mesmo quando o coração bate mais forte, mesmo quando a voz na tua cabeça grita que não és capaz.
A diferença entre quem fica preso e quem se liberta não está na ausência de medo. Está na coragem de seguir em frente, mesmo sentindo-o.
Porque no momento em que dás um passo para lá do medo, percebes que ele nunca foi uma muralha – apenas uma sombra projetada pela tua mente.
E o que te espera do outro lado? A tua verdadeira força.
Fecha os olhos. Respira fundo. Sente o ar a entrar e a sair, trazendo-te de volta ao presente.
Neste instante, não há passado nem futuro. Apenas tu, aqui e agora. O que te diz o silêncio? Que perguntas tens evitado? Que respostas brotam dentro de ti?
Deixa de lado as distrações, as expectativas, as exigências. Permite-te simplesmente ser. O verdadeiro crescimento acontece quando tens a coragem de olhar para dentro, de escutar a tua própria voz, de abraçar aquilo que realmente és.
Respira, reflete, sente. Dentro de ti, já estão todas as respostas.
Há um dia que percebemos. Que os amigos se tornaram conhecidos. Que os conhecidos se tornaram contactos. Que os contactos se transformaram em desconhecidos.
Há uma hora que interiorizamos. Que vieste só ao mundo, e só sais dele. Que a importância e o valor de alguém se conhece na perda. Que no teu momento mais duro e escuro, estarás só.
Há um momento que aceitas. Que não és o que outros dizem de ti, mas és a visão que tens de ti. Que mudar dói, e dói muito. Mas que só assim te transforma.
Por isso, esta dor... É só minha! E não ouses perguntar... "O que se passa?" Pois são de crescimento/evolução.
Há momentos que se vivem... Há histórias que se contam... Há dias que se preenchem... Há horas que se prolongam... Há abraços que perduram... Há perfumes que se não esquecem... Há memórias que nos marcam...
E um dia, de forma consciente ou inconsciente. Tomaremos contacto com todas elas.
Há sempre um caminho. Que se percorre. Quando a escolha é feita.
Há sempre uma dor. Que se sente. Quando o apego nos assola.
Há sempre uma dúvida. Que nos percorre. Quando a saudade aumenta.
Há sempre uma verdade. Que se faz presente. Quando olhas ao teu redor.
Há sempre uma vontade. Que nos "rasga" Quando a solidão é evidente.
Há sempre uma lágrima. Que nos relembra: Tudo o que esta luta nos quer mostrar.
Há sempre uma memória. Que nos atraiçoa. Quando queremos ver algo.
Há sempre uma crença. Que se instala. Quando não observamos o todo.
Porque na vida, tal como no amor. É preciso ir mais além. É preciso querer de verdade e em verdade. É preciso quebrar as limitações e as crenças. É preciso olhar mais fundo o outro e a nós próprios.
Porque afinal, Há dias que não se repetem. E histórias que se perdem para sempre!
"Dentro de cada um de nós, reside o poder de moldar a nossa realidade, seja ela pacifica ou um tormento de conflitos internos. Quando permitimos que o ego nos domine, ficamos presos a ilusões e a medos que nos afastam da verdadeira essência.
Mas quando silenciamos os murmúrios do ego e partimos em busca da clareza interior, descobrimos que o céu não é um lugar distante, mas um estado de ser que podemos cultivar aqui e agora.
O caminho para a liberdade é a consciência de que a chave para o nosso céu ou inferno, está nas escolhas que fazemos diariamente!"