"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
"Quem lamenta as suas perdas, olha para os seus próprios pés. E quem olha para os seus pés, acha que o mundo é do tamanho dos seus passos."
August Cury
Às uns meses atrás, ao ler o editorial do jornal Destak, encontrei um texto fantástico e decidi "retirar" este excerto.
“A imortalidade de alguém não está decididamente nos genes que deixam, mas na forma como nos conseguiram mudar, no modo como contaminaram irremediavelmente os nossos valores, as nossas prioridades, aquilo que os nossos olhos são capazes de ver. Perduram, depois, nas coisas pequeninas, nos pequenos gestos, em palavras que usamos, e que, ao pronunciar, nos trazem, de repente, o sabor daquela pessoa, em atitudes que tomamos, em opções que fazemos. Perduram em sensações que nos «atacam» quando menos esperamos, na impressão, tão segura que podíamos jurar ser verdadeira, de que, aqui e agora, acabaram de nos passar as mãos pelos cabelos, entrelaçando os dedos nas suas raízes, num gelado de morango, que não queremos que chegue ao fim. E não é irreverência nenhuma (re)descobri-las aí, e não nos retratos e óleos pendurados em pesadas molduras douradas, nem em compêndios fechados em bibliotecas. Porque as pessoas importantes permanencem vivas dentro de nós, que é exactamente onde deviam encontrar morada."
Viver é ter uma capacidade enorme de arriscar. É perceber que a vida é um conjunto de momentos que não se repetem, mas que se congregam. Onde não importa, o que se deixa ou que se pode vir a ter; O que se pode ganhar ou vir a perder;etc. Viver é aceitar jogar neste enorme tabuleiro, onde umas vezes somos peões e outras vezes reis ou rainhas. Onde cada momento é preciso confiar, no que somos e naqueles que nos rodeiam. Porque a vida é este constante desafio, onde apenas e só, o melhor de nós, nos poderá valer.
“Não é preciso correr; Não é urgente chegar; O que é preciso é viver”
Abraço-te, no tempo que é nosso. Sinto-te, no silêncio feito partilha. Olho-te, como se a primeira vez se tratasse. Descubro-te, Em cada toque. Destapo, O sentimento por dentro. Perco-me, Em cada sorriso teu. Rasgo, As recordações. E reinvento, Cada momento.
Porque apesar de tudo, tu continuas presente em mim.
p.s. Perder custa. Perder doi. Perder faz-nos sentir de perto a nossa pequenez e a nossa humanidade frágil. Perder um amigo com quem crescemos... é um soco no estômago. Mas em mim, ficará para sempre as nossas “discussões” na catequese; as nossas patrulhas nos exploradores; os acampamentos; as nossas conversas no fim de cada missa; os abraços e sorrisos cumplices no final de cada noite de oração; os nossos projectos; etc. Perder-te é duro. Um até breve querido Pedro
Teria algum interesse, se tivéssemos de alguma forma algum poder, para podermos visualizar a nossa imagem. Não aquela que é reflectida no espelho, pois essa assenta na imagem que pensamos ter ou que tentamos transmitir. Seria sim, a nossa imagem aos olhos dos outros… Quão diferente seria, a ideia que existe em nós e aquela que existe nos outros; Quão diferente seria, quando ao visualizarmos as nossas atitudes, os nossos gestos e as nossas palavras, não utilizássemos a nossa razão ou os nossos motivos, mas sim, os sentidos dos outros; Quão fantástico seria… Porque seriamos então, capazes de perceber e de viver a expressão, tantas vezes utilizada: “ Coloca-te no meu lugar”. E quantas vezes este “jogo” é tão duro e difícil de jogar. Mas um dia, seria interessante jogá-lo de verdade e com verdade, já que de facto nenhum poder temos ou nos será dado, a não ser o poder da consciência. E esse é tantas vezes refractado ou simplesmente silenciado. Mas a verdade, é que a imagem existe… E tal como numa conversa, aqui existe um emissor e um receptor…
Projecto-me, Para uma realidade que não sei se existe, Mas que quase consigo tocar. Projecto-me, Para um espaço, Onde o vento tem cheiro; E o Amor tem sabor. Onde a serenidade é imperturbável; E a tranquilidade é deidade. Um espaço, Onde o que sinto é emoção; E o que vivo guardo no coração.
...os gestos são desprovidos de sentido... ...as palavras são despidas de sentimentos... ...os momentos são privados de cuidados... ...no coração ainda existe ressentimento... ...uma amizade se baseia em algo como o egoísmo, a falsidade, o cinismo, a hipocrisia, a inveja... ...as pessoas pela frente dizem uma coisa e por trás outra... ...as pessoas são capazes de mentir e depois negar as acções por elas praticadas... ...as pessoas julgam e criticam as outras sem nunca ouvirem o seu lado da história... ...se usam todo o tipo de acções para ferir ou magoar alguém... ...não se partilha aquilo que se sente por medo...